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19/02/22 às 19h09 - Atualizado em 6/10/22 às 18h47

CEF 04, de Planaltina, é a 15ª escola a entrar na Gestão Compartilhada

Comunidade escolar aprovou a proposta com 77% dos votos neste sábado (19)

Málcia Afonso | Ascom/SEEDF

 

Crédito: Divulgação

 

O Centro de Ensino Fundamental (CEF) 04, de Planaltina, tornou-se, neste sábado (19) a 15ª escola da rede pública do Distrito Federal a aderir ao projeto de Gestão Compartilhada. Foram 77% dos votos favoráveis na assembleia da qual participaram equipe gestora, pais e professores. Com isto, a unidade passa a fazer parte dos colégios cívico-militares, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), por meio das Forças Armadas.

 

Regina Flauzina Dias, mãe e também professora da rede pública há 25 anos, comemorou o resultado. “É uma tranquilidade maior para os pais, porque nossos filhos terão ainda mais segurança no ambiente escolar”, disse. “Sei o quanto o novo sistema vai contribuir com o trabalho docente, porque a atenção ficará no estudante”, completou a professora, que, atualmente, leciona na Escola Técnica de Ceilândia.

 

A adolescente Agnes Esther, do 7º ano, é filha de Regina e procura ser aplicada nos estudos. Ela acredita que, agora, tudo vai melhorar. “Minha turma não é bagunçada, mas gosto de estudar e acho que vai ter ainda mais disciplina, organização, vou me concentrar melhor”, garante.

 

A escola

 

O CEF 04 atende 1.200 estudantes do 6º ao 9º ano, que serão contemplados pelo projeto. Recebe, ainda, 400 pessoas na Educação de Jovens e Adultos.

 

Diretor da unidade há cinco anos, Ronaldo Xavier da Silva, busca melhorar a qualidade do ensino. E vem alcançando êxito. Em 2017, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da escola foi de 3,2. O Ideb seguinte, de 2019, pulou para 4,3. Embora ainda tenha ficado abaixo da meta, que era de 4,8, o resultado mostrou que vem acontecendo um avanço.

 

Ele conta que, desde que assumiu, ações em prol da cultura de paz no ambiente escolar diminuíram em mais da metade os episódios de indisciplina e atitudes violentas na escola. Mas ainda há muito a fazer e, para ele, o projeto será um grande aliado.

 

Desde 2019, muitos pais me procuraram para saber sobre a proposta, trazê-la para cá”, conta. “Será uma oportunidade de um ambiente mais saudável para o aprendizado. É uma região vulnerável, onde há violência. E essa situação acaba tendo reflexo dentro da escola. De outro lado, um conflito no ambiente escolar acaba tendo continuidade fora da escola. O projeto contribui para pôr fim a este ciclo”, avalia.

 

Para a professora Silvana de Souza Ramos, que atua na sala de recursos da escola a gestão compartilhada é um alívio. “Vai sobrar tempo e energia para o professor focar nas questões pedagógicas, no processo de ensino aprendizagem. Como a proposta é voltada para a disciplina, também é uma oportunidade de resgate de valores, especialmente a importância dos estudos e o valor da escola para a vida. Hoje, nossos jovens têm muitas referências negativas no mundo e precisam de referências positivas.

 

Estância III

 

Esta é a segunda escola de Planaltina a fazer parte da Gestão Compartilhada. Em 2019, a proposta foi aprovada no Centro Educacional Estância III, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), por intermédio da Polícia Militar (PM). No ano seguinte, veio a pandemia e a implementação das aulas on-line.

 

O coordenador da regional de ensino de Planaltina, Bento Alves dos Reis, revela que a PM teve um papel inestimável naquele período de atividades remotas. “Muitos estudantes não estavam participando das aulas remotas e a PM fez uma busca ativa, foi na casa de um por um, e trouxe os estudantes de volta à escola, no modelo on-line. Graças a este trabalho, o CED Estãncia III foi uma das unidades com menos evasão na região.

 

Gestão Compartilhada

 

O projeto Escolas de Gestão Compartilhada – EGCs começou em 2019, em parceria entre a Secretaria de Educação e a Secretaria de Segurança Pública, por intermédio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Hoje, são 11 escolas beneficiadas, mais de 16 mil estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio.

 

Atualmente, estas unidades são denominadas de Colégios Civico-Militares. Enquanto os profissionais da educação são responsáveis pela área pedagógica, os parceiros cuidam da disciplina e desenvolvem atividades lúdicas, com as bandas marciais.

 

Em parceria com o MEC, a proposta está em outras três escolas, além da que aderiu hoje. Para estas, as Forças Armadas enviam militares da reserva para desenvolver as atividades.

 

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